Na última semana, o procurador-geral da República Augusto Aras decidiu mudar de lado e tomar uma série de medidas contra os atos terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com informações do jornal O Globo, entre as ações da Procuradoria-Geral da República (PGR) estão a criação de um grupo específico para cuidar de casos semelhantes ao das invasões, a solicitação de abertura de diversos inquéritos e um pedido de investigação do próprio Bolsonaro.
Vale destacar que, Aras sofreu diversas críticas por ter uma atuação considerada pró-Bolsonaro. A PGR acumulou, ao longo dos últimos anos, decisões favoráveis ao ex-capitão. No entanto, Aras vem tendo um novo posicionamento após a posse do presidente Lula (PT).
Além da criação de uma equipe batizada de “Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos” para atuar nas investigações da manifestação golpista, a PGR pediu a abertura de sete inquéritos para investigar os atos terroristas.
Os pedidos foram divididos de forma que possam ser identificados os executores, financiadores, instigadores e autores intelectuais do protesto golpista, além de autoridades públicas envolvidas. Bolsonaro foi incluído em um desses inquéritos.