Com a aprovação pelo Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta quinta-feira (22/12), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), "a quase totalidade" do seu ministério, como informou o futuro titular da Casa Civil, Rui Costa. A nova Esplanada terá 37 pastas, bem superior às 23 do atual governo.
Até o momento, foram confirmados Fernando Haddad, na Fazenda; Flávio Dino, na Justiça e Segurança Pública; José Múcio Monteiro, na Defesa; Rui Costa, na Casa Civil; e o embaixador Mauro Vieira nas Relações Exteriores. A cantora Margareth Menezes foi convidada por Lula e que aceitou assumir o Ministério da Cultura, mas ainda não foi oficialmente anunciada. O ex-governador Camilo Santana também deve ser confirmado.
Ainda falta a definição de mais de três dezenas de cargos de primeiro escalão. Entre os mais cotados estão os deputados Márcio Macedo (PT-SE), para a Secretaria-Geral da Presidência, e Alexandre Padilha (PT-SP), para Relações Institucionais; e Luiz Marinho, no Trabalho. O advogado e professor Silvio Almeida é o favorito para comandar a pasta dos Direitos Humanos.
Mesmo com a confirmação de fontes petistas de que o presidente eleito ia aguardar a aprovação da PEC para concluir as negociações e realizar os anúncios, Haddad minimizou a importância do fato. Disse que a demora não tem nenhuma relação com a votação. "Já estava na cabeça do Lula o ministério, ele já vem conversando com os partidos há muitos dias; com alguns, há semanas", frisou, fazendo uma ressalta. "Acabou servindo de um piloto para verificar a consistência da base que pode dar sustentação ao próximo governo", acrescentou.