Desde sua inauguração, a unidade tem priorizado a segurança e qualidade no atendimento, contando com um moderno aparato tecnológico, que inclui ventiladores mecânicos, monitores multiparamétricos e ultrassonografia em tempo oportuno. Essas melhorias são fundamentais para a prevenção e o tratamento precoce das principais causas de mortalidade materna, como síndromes hipertensivas, hemorragias e sepse.
“A Nova Maternidade tem conseguido reduzir indicadores negativos, como a mortalidade materna, algo que não ocorria há 10 anos. Com um corpo clínico altamente qualificado e em constante treinamento, estrutura moderna e tecnológica, farmácia bem abastecida, laboratório eficiente e banco de sangue próprio, a unidade garante um atendimento seguro e de qualidade”, destaca o coordenador de obstetrícia da NMDER, Luciano Malta.
Um exemplo do bom atendimento da maternidade é o da paciente Luana Alencar, que deu à luz na NMDER, foi internada na UTI materna com quadro de eclâmpsia e infecção no fígado para tratamento e observação.
“Vim regulada de Picos para cá já em trabalho de parto, sem saber que estava com a pressão alta. Fui encaminhada para ter um suporte maior e o atendimento foi muito ágil. Se não tivesse sido assim, algo poderia ter acontecido comigo e com meu bebê. Na UTI fui monitorada 24 horas e fiquei três dias sob controle rigoroso”, relata Luana.
Durante a internação, ela recebeu medicação intravenosa e acompanhamento multidisciplinar especializado. “O atendimento foi excelente, desde os médicos até as equipes de enfermagem e nutrição. Além disso, a psicologia me ajudou a lidar com a ansiedade por estar distante do meu bebê”, acrescenta a paciente.
Comitê de Óbitos investiga causas e propõe melhorias na assistência
Desde 2017, a maternidade conta com o Comitê Interno de Óbitos, responsável por analisar os dados de morbimortalidade materna, infantil e fetal. Em 2024, a NMDER já havia registrado uma redução de 11% nos óbitos maternos e de 18,8% nos óbitos infantis em comparação com o mesmo período de 2023. Os primeiros meses de 2025 reforçam a importância das mudanças implementadas na unidade.
“Esse resultado reflete o compromisso da nossa equipe com a segurança e qualidade da assistência. Já vínhamos reduzindo os índices de mortalidade materna e infantil nos últimos anos, mas passar três meses sem óbito materno é inédito. Isso mostra que as melhorias estruturais e nos processos de trabalho têm feito diferença na vida das pacientes”, afirma a diretora da NMDER, Carmen Ramos.
O coordenador do Comitê, Antônio da Costa e Silva Neto, explica que a função do grupo é identificar os óbitos, investigar suas causas e buscar soluções para aumentar a evitabilidade desses eventos. “O óbito materno é devastador e, muitas vezes, evitável. O comitê analisa cada caso para compreender os fatores que levaram ao desfecho fatal e propor melhorias na assistência”, ressalta o coordenador.
O planejamento familiar também é essencial para a redução dos índices de mortalidade materna. “Garantir que a paciente engravide no momento certo, com a devida assistência e orientação, é fundamental. O planejamento familiar também é crucial para mulheres com doenças crônicas, nas quais a gestação pode ser contraindicada temporariamente. Nosso objetivo é assegurar uma gestação segura, reduzindo riscos tanto para a mãe quanto para o bebê”, destaca.