O anúncio surpreendeu pela antecipação da premiação, que geralmente ocorre em janeiro. A decisão de realizá-la agora foi interpretada como um movimento estratégico da Fifa para evitar constrangimentos, após rumores de que Vinicius seria o favorito, mas perdera a Bola de Ouro em circunstâncias polêmicas.
A premiação reconheceu o desempenho excepcional de Vinicius Junior na última temporada. Ele foi o melhor jogador da Liga dos Campeões 2023/24, com seis gols e quatro assistências, liderando o Real Madrid ao seu 15º título continental. Na final, marcou na vitória por 2 a 0 sobre o Borussia Dortmund.
No Campeonato Espanhol, o brasileiro foi decisivo para a conquista do 36º título do clube, anotando 15 gols, ficando atrás apenas do companheiro Jude Bellingham, que marcou 19.
Luta contra o racismo e ativismo
Além de seu desempenho em campo, sua postura firme contra o racismo no futebol também pode ter influenciado a decisão da Fifa. “Farei isso dez vezes se for preciso. Eles não estão prontos”, escreveu o jogador nas redes sociais após perder a Bola de Ouro.
O The Best tem critérios distintos da Bola de Ouro. Enquanto o prêmio da revista France Football consulta jornalistas de países no top 100 do ranking mundial, o prêmio da Fifa inclui votos de capitães e técnicos de seleções, jornalistas e torcedores.
A decisão da Fifa também reavivou lembranças de edições passadas. Em 1994, Romário venceu o The Best, mas ficou fora da Bola de Ouro, que premiava apenas jogadores europeus. Ronaldo, em 1996, e Ronaldinho, em 2004, também venceram o prêmio da Fifa, mas foram preteridos pela France Football.
O último brasileiro a conquistar ambos os prêmios foi Kaká, em 2007. Entre 2010 e 2015, as premiações foram unificadas sob o nome Bola de Ouro da Fifa, sendo dominadas por Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Com o reconhecimento, Vinicius Junior entra para a história como um dos maiores nomes do futebol brasileiro no cenário mundial, mantendo viva a tradição de craques que marcaram gerações.