Em boa fase com três vitórias consecutivas desde o início do Brasileirão, o clube comandado pelo português Luís Castro soma nove pontos. Tiquinho Soares marcou duas vezes e o terceiro veio dos pés do volante Danilo Barbosa. Léo Pereira descontou duas vezes para o Rubro-Negro.
Essa foi a segunda derrota do Flamengo na competição, marcando apenas três pontos e ocupando posições bem abaixo do adversário de hoje.
Erro na troca de GersonJorge Sampaoli começou a ter problemas no vestiário, minutos antes de jogo: Gerson sentiu dor no músculo adutor da coxa esquerda e foi cortado. Ayrton Lucas, que seria poupado por desgaste físico e começaria o clássico no banco, foi o escolhido para a vaga de Gerson. Por quê?
Com três zagueiros (Fabrício Bruno, Léo Pereira e David Luiz), Sampaoli escalaria na ala esquerda Everton Cebolinha. Em vez de colocar um meia no lugar de Gerson, Sampaoli preferiu mudar razoavelmente o que havia pensado antes do confronto: Ayrton foi jogar na dele e Everton mais adiantado.
A impressão que deu é que os jogadores se atrapalharam com essa mudança.
O Botafogo de Luís Castro não tinha nada a ver com isso e usou da estratégia natural de chamar o Flamengo a seu campo e sair no contra-ataque.
Com um detalhe interessante: à moda Sampaoli, o goleiro do Flamengo, Santos, jogou como um líbero, em determinados momentos aparecendo quase no meio de campo para iniciar as jogadas. Castro percebeu e nesse momento, pressionava.
O Flamengo criou algumas chances, mas Gabriel e Pedro não se entendiam no ataque. O Botafogo começou a ficar um pouquinho mais com a bola, adiantou a marcação e aos 28 minutos Wesley derrubou Victor Sá dentro da área. Pênalti bobo, mas pênalti. Tiquinho Soares não perdeu.
O já bagunçado Flamengo bagunçou de vez e nos acréscimos. Danilo Barbosa apareceu sozinho na área, após cobrança de escanteio, para marcar 2 a 0.
As expulsões no Botafogo
Sampaoli fez no intervalo o que deveria ter feito antes da partida, após Gerson se machucar: colocou um meia na meia. Everton Ribeiro ocupou o lugar de Ayrton Lucas, mas não sua função. Com um armador, o Flamengo cresceu e começou a perder gols, principalmente com Gabigol, em tarde ruim.
Com quatro minutos, o lateral-direito Rafael foi expulso, ao receber o segundo cartão amarelo, que virou vermelho após entrada dura. Luís Castro, então, optou por colocar um lateral de ofício, Di Plácido, no lugar de um atacante, Júnior Santos.
Mas quando ocorreria a troca, ele desistiu, mas já era tarde. Castro enlouqueceu com a arbitragem, andando na beira do campo, e também levou vermelho.
Léo Santos, aos 12 minutos, diminuiu o placar, após cruzamento de Fabricio Bruno, e parecia que o Flamengo iria para o abafa, mas por incrível que pareça o Botafogo se assentou em campo, principalmente por ótima atuação de Tchê Tchê.
E foi o volante que achou Tiquinho Soares para marcar 3 a 1.
Os jogadores e comissão técnica do Botafogo pediram a expulsão de Thiago Maia, em dividida, mas Edina Alves, que foi até o monitor do VAR ver o lance, decidiu só pelo amarelo.
E aí começou o abafa do Flamengo, aos 35 minutos. Cinco minutos depois, Everton Ribeiro cobrou escanteio e Léo Pereira, de novo, cabeceou para diminuir.
A partir daí foi o Flamengo em cima, o Botafogo se defendendo como podia. E com 11 minutos de acréscimo, o Glorioso se segurou para alcançar a liderança.