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Ministério da Saúde anunciou que antecipará a vacinação contra a
Influenza na região Norte. O anúncio foi feito pela ministra Nísia
Trindade, na última sexta-feira (10). As primeiras remessas do
imunizante devem chegar ainda esta semana na região.
Tradicionalmente, a vacinação contra a influenza começa em todo o
país no mês de abril, mas a ministra atendeu a uma reivindicação dos
governos estaduais, já que o vírus circula em diferentes épocas em cada
estado.
"O Brasil é muito desigual, e não se pode ter um calendário único de
vacinação. Nós estamos antecipando na Região Norte porque lá eles sofrem
com a questão do vírus de influenza de forma antecipada. A visão é
buscar, tanto quanto possível, atender às diferenças regionais no
Brasil", explicou a ministra.
De acordo com a infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi, é muito
importante fazer um calendário vacinal diferente em cada estado, porque o
Brasil é um país de dimensões continentais e a circulação do vírus da
influenza não acontece de uma forma uniforme em todo país.
“A região Norte do país costuma ter a circulação do vírus influenza
no início do ano (agora), muitas vezes nos primeiros meses do ano e por
isso está correta a decisão do Ministério da Saúde em antecipar a
vacinação do hemisfério norte para o mês março e início de abril. Já nas
outras regiões do país, a circulação maior acontece no final do outono e
início do inverno”, afirmou a infectologista.
A infectologista ainda afirma que a vacinação é de extrema
importância para todos os públicos alvos, em especial as gestantes e os
imunossuprimidos para evitar uma complicação mais grave e situações de
óbito.
“A vacinação contra a influenza é extremamente importante porque nós
sabemos que alguns grupos populações - então extremo de idade, gestante,
imunossuprimidos, são pessoas pessoas que têm um risco aumentado de ter
doenças graves de necessidade de internação ou poder inclusive vir a
óbito pela infecção pelo vírus influenza, então estar vacinado é
diminuir os riscos dessas complicações e morte pelo vírus inflexível”,
completou Stucchi.
O quantitativo de vacina varia conforme os grupos prioritários de cada estado.
- Amapá: 264 mil doses;
- Roraima: 296 mil doses;
- Acre: 318 mil doses;
- Tocantins: 550 mil doses;
- Rondônia: 594 mil doses;
- Amazonas: 1,7 milhão de doses;
- Pará: 2,7 milhões de doses.
No restante do país, a vacinação segue normalmente conforme previsto
no calendário vacinal. No entanto, os grupos prioritários são os mesmos
em todo o Brasil.
- Crianças com idades de 6 meses a menores de 6 anos;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Povos indígenas;
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas maiores de 60 anos;
- Professores de escolas públicas e privadas;
- Pessoas com doenças crônicas;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Profissionais das forças de segurança e salvamento;
- Integrantes das Forças Armadas;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores de transporte rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema prisional;
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
- População privada de liberdade.