O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na segunda-feira (10) que a Polícia Federal (PF) apresente os arquivos de conversas no WhatsApp entre o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, e a vereadora Marielle Franco.
Também deverão ser apresentadas as conversas de Barbosa com o general Richard Nunes, que foi secretário de Segurança durante a intervenção no Rio de Janeiro, em 2018, além das mensagens trocadas com os delegados Giniton Lages, Daniel Rossa e Brenno Carnevale.
A decisão atendeu a um pedido da defesa de Barbosa, que está preso desde março de 2024 sob suspeita de ser o mentor do assassinato de Marielle. Segundo a defesa do delegado, as mensagens mostrariam que Barbosa não teve contato com pessoas ligadas ao crime e que mantinha uma boa relação com a vereadora.
No entanto, Moraes rejeitou outros pedidos da defesa, como o acesso ao inquérito que investiga o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Também foi negado um novo exame clínico para avaliar eventuais “transtornos psiquiátricos” de Ronnie Lessa, o assassino confesso de Marielle.
Além de Barbosa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão também são investigados como possíveis mandantes do assassinato da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.