Questionado sobre como o anúncio do CEO da empresa, Mark Zuckerberg, impacta os objetivos do governo, Sidônio foi direto: “A decisão da Meta já é um problema. É um problema também para a democracia, que a gente está discutindo aqui”.
Durante um evento que marcou dois anos dos atos terroristas de 8 de janeiro, Sidônio destacou aos jornalistas que sua principal meta será garantir que “a comunicação chegue na ponta”. Segundo ele, “tem vários meios para isso”, mencionando que, apesar das mudanças trazidas pelas redes sociais, entrevistas continuam sendo ferramentas importantes.
Sidônio também comentou que o ressurgimento da extrema direita está associado ao surgimento das redes sociais, que, segundo ele, se tornaram palco para a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio. “Essa é uma característica inerente a isso. Não estou falando aqui do governo, estou vendo essa análise mais geral de gente fazendo estudo sobre esse tema”, afirmou.
Na terça-feira (7), a Meta anunciou mudanças significativas em suas políticas de moderação de conteúdo, incluindo o fim do programa de checagem de fatos lançado em 2016 para combater a desinformação em suas plataformas.
A decisão foi acompanhada de declarações de Zuckerberg em vídeo publicado no Instagram, onde ele criticou “decisões secretas” de tribunais latino-americanos. Sem mencionar diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), Zuckerberg afirmou que o governo americano deveria intervir para enfrentar ações judiciais na região.
“Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”, disse Zuckerberg.