Nesta quarta-feira (8), ocorre, em Brasília, a cerimônia de reintegração das obras de arte destruídas nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, responsáveis pela invasão e depredação do Palácio do Planalto, sede do Gabinete da Presidência da República em Brasília (DF), por um grupo de cerca de quatro mil bolsonaristas.
Foram 21 itens restaurados, com a colaboração de profissionais brasileiros (da Universidade de Pelotas e da Universidade de Brasília) e estrangeiros. As obras começaram a ser entregues na segunda-feira (6). No Palácio da Alvorada, foi instalado um laboratório para a restauração das peças ao longo dos últimos meses, mas o relógio de pêndulo raro de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI e destruído pelo bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira (condenado à prisão em regime fechado no julgamento pelos atos), foi levado à Suíça para ser restaurado.
O relógio, um presente da corte francesa a Dom João VI, tem um outro "par", também feito por Martinot, que está exposto no Palácio de Versailles, na França.
Participam da cerimônia de restauração, nesta quarta-feira, a primeira-dama, "Janja" da Silva, o presidente Lula, ministros do Executivo e membros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.
No primeiro momento da cerimônia, há a reintegração oficial das obras ao acervo; em seguida, a entrega da pintura de Di Cavalcanti a Lula; então ocorre uma cerimônia formal com as autoridades no Salão Nobre do Palácio do Planalto; e o encerramento do evento se dá com o Abraço da Democracia, ato simbólico realizado na Praça dos Três Poderes, com participação do presidente Lula.
Veja abaixo a lista das obras reintegradas: