Um fenômeno curioso passou a ocorrer nestes primeiros dois anos do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a explosão de vagas de emprego, os cargos que exigem mais dos trabalhadores passaram a ter mais dificuldades para serem preenchidas.
Um dos setores com mais dificuldades para contratação é o de bares e restaurantes. O fenômeno se dá por conta da falta de horário fixo, jornadas que entram madrugada adentro e também nos fins de semana.
São trabalhadores que passaram a poder escolher melhor seus empregos e, por conta disso, se demitem de um emprego para ir para outro melhor.
O Natal de 2024 traz otimismo ao setor do comércio, impulsionado pelo crescimento econômico de 3,5% no ano e ganhos de renda no 3º governo Lula.
A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) projeta faturamento de R$ 200 bilhões em 2024, com alta real de 6%, graças ao desemprego baixo e ao 13º salário.
Já a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) prevê aumento de 7% nas vendas de Natal, destacando a preferência por produtos nacionais diante do dólar alto.
"Embora o dólar alto possa influenciar os custos de determinados produtos, muitos consumidores já adaptaram seus hábitos, buscando alternativas mais acessíveis ou promovendo maior consumo de produtos nacionais", afirmou a O Globo o presidente da Abrasce, Glauco Humai.
O gasto médio por presentes por cada brasileiro é de R$ 300,29, segundo o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), movimentando cerca de R$ 675 milhões no comércio.
Desemprego
A taxa de desemprego no terceiro trimestre deste ano sofreu queda e está agora em 6,4%, redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que era de 6,9%.
Trata-se do menor valor para um terceiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012.
Comparada ao terceiro trimestre de 2023 (7,7%), houve redução de 1,3 ponto percentual. O recuo ocorreu em sete das 27 unidades da Federação. As informações constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As maiores taxas de desocupação foram registradas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%), e as menores, em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%).
Faixas por tempo de procura
No terceiro trimestre do ano, em todas as faixas por tempo de procura por trabalho, a população desocupada recuou acima dos 10%. O grupo dos que procuravam trabalho por menos de um mês sofreu redução de 17,6%. Já os que buscavam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 12,1%.
Além disso, o número de pessoas que procuravam ocupação entre um ano e menos de dois anos recuou 19,1%. O grupo com maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 20,4%.