O procurador-geral da República, Paulo Paulo Gonet, se manifestou na terça-feira (24) contra o pedido de revogação da prisão preventiva do general Mário Fernandes, apontado pela Polícia Federal (PF) como o responsável pela elaboração do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No parecer enviado ao STF, Gonet afirmou que a defesa do militar não apresentou argumentos que afixem os elementos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva.
“A situação fática e jurídica que autorizou a decretação da prisão preventiva de Mário Fernandes mantém-se inalterada, não tendo nos autos fato novo capaz de modificar o entendimento já proferido pelo eminente relator na decisão”, escreveu o procurador-geral da República.
No relatório da PF, Fernandes é descrito como um dos líderes mais radicais na articulação do plano para assassinar as autoridades.
Segundo as investigações, o plano foi impresso pelo general no Palácio do Planalto e previa a criação do “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” após os assassinatos, previsto para o dia 16 de dezembro de 2022.