Nem o estagiário do Banco Central acreditou na história de que Gabriel Galípolo teria dito que a moeda dos Brics poderia salvar o mundo da hegemonia exercida pelo dólar há décadas.
Mesmo assim, foi noticiado que a fake news sobre a fala improvável, disseminada pelas redes sociais, seria investigada pela Polícia Federal, por solicitação da Advocacia-Geral da União.
Não duvidem se espalharem que o Brasil pode adotar de novo o cruzeiro como nome da nossa moeda. Tudo pode ser dito sobre moedas, que sempre sofreram ataques especulativos. Mas agora, com as redes e suas mentiras, a extrema direita ressentida e as facções organizadas da Faria Lima, fica mais complicado.
O estagiário sabe que Galípolo não diria nada sobre moeda dos Brics nesse tom e nesse contexto, muito menos às vésperas de assumir o comando do Banco Central. Mas omercado financeiro finge que aquilo é verdade e tenta tirar vantagem da confusão que abala os mais influenciáveis, distraídos e imbecis.
O que todos sabem, inclusive um primo do estagiário, é que chamaram Galípolo para aparecer ao lado de Lula e Haddad como tática de emergência. Para que transmitissem ao mercado financeiro que há confiança mútua e respeito.
Porque o mercado é litúrgico e cerimonioso, por ser composto de gente de famílias finas. Esse mercado cheio de escrúpulos viu, dias antes do vídeo de Lula com Galípolo e Haddad, uma outra foto, de Roberto Campos Neto com Damares Alves e Michelle Bolsonaro.