O depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria sido “providencial” para a prisão do ex-ministro Walter Braga Netto neste sábado (14).
Nas duas ocasiões, Cid deu detalhes sobre a atuação de Braga Netto na suposta trama golpista que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geral Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Na audiência realizada em novembro, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro respondeu a todos os questionamentos feitos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. No depoimento, Cid teria dito que houve uma reunião na casa de Braga Netto para tratar da tentativa de golpe.
De acordo com a PF, Braga Netto pressionou os comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) para aderirem ao golpe de Estado após as eleições. O general Freire Gomes, do Exército, e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, da FAB, foram alvos de ataques pessoais por uma milícia digital promovida pelo ex-ministro de Bolsonaro
À época, Freire Gomes e Baptista Júnior se recusaram a participar do plano de tentativa de golpe. Em depoimento à PF, o tenente-brigadeiro da FAB disse que Freire Gomes teria afirmado que prenderia Bolsonaro caso o então presidente decretasse uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para se manter na presidência.