A Black Friday de 2024 consolidou-se como a melhor dos últimos quatro anos, com um crescimento de 16,1% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2023, segundo a Cielo, mostrando o melhor resultado desde os anos do governo Bolsonaro. Dados da operadora, divulgados no sábado (30), mostram que o comércio físico foi o principal destaque, com alta de 17,1%, enquanto o e-commerce registrou aumento de 8,9%. O evento superou os números do período pré-pandemia, registrando faturamento 15,2% maior do que em 2019.
Segundo Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, o desempenho foi impulsionado pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário e benefícios, que coincidiu com a data da Black Friday. “A última vez que isso aconteceu foi em 2019, o que ajuda a explicar o desempenho histórico deste ano”, afirmou.
Entre os setores, Supermercados e Hipermercados lideraram o crescimento, com alta de 26,2%, seguidos por Drogarias e Farmácias (+21,7%), Vestuário (+18,2%) e Alimentação (+17,0%). Já os segmentos tradicionais da Black Friday, como Móveis, Eletro e Depto, tiveram alta mais moderada, de 7,9%.
Efeito Lula?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou os resultados em suas redes sociais, destacando o fortalecimento do comércio e o impacto das políticas de valorização do poder de compra. “Boa segunda-feira depois da melhor Black Friday em anos”, escreveu.
Ações do governo e melhorias, como a redução do desemprego no Brasil, são apontadas como fatores determinantes para o sucesso do aumento das vendas na Black Friday. Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontou que a taxa de desemprego caiu para 6,2%, a menor taxa já registrada no Brasil.
O e-commerce arrecadou R$ 8 bilhões no período, com um aumento de 11% no faturamento total. Entre quinta e sexta-feira, os consumidores compraram 20,67 milhões de produtos, com ticket médio de R$ 180,70.
Os marketplaces foram um dos motores do crescimento, registrando aumento de 45% no faturamento, consolidando-se como uma alternativa de conveniência e diversidade de produtos.
A recuperação econômica, com menor desemprego, aumento da renda real e valorização do salário mínimo, foi determinante para o desempenho do varejo. Medidas como a taxação de 20% sobre produtos importados de baixo custo também estimularam o consumo no mercado nacional.
Além do desempenho positivo nas vendas, a Black Friday também refletiu mudanças no perfil de consumo. Setores menos sensíveis aos juros elevados, como moda e alimentos, ganharam protagonismo, enquanto os eletrônicos mantiveram boa performance, especialmente com a proximidade da Cyber Monday.