“O terror em Brasília foi estimulado pelo bolsonarismo. Existe um estímulo para que setores mais radicalizados pratiquem atos violentos”, disse. Para Serrano, “qualquer tipo de mediação com os terroristas significa apoio ao terrorismo”.
O jurista destacou a gravidade do ato ocorrido e refutou narrativas que minimizam o episódio: “O bolsonarismo é uma máquina de justificativa dos extremismos deles. Quem defende anistia está defendendo terrorismo”. Ele também argumentou que, independentemente das motivações individuais do autor do atentado, o episódio deve ser encarado como um ato terrorista que ameaça diretamente a ordem democrática do país.
“A radicalidade do extremismo é tamanha que, para produzir terror, a pessoa se dispõe a atos extremos. O ato foi planejado, teve caráter político de extrema direita e colocou em risco a democracia. É indispensável que as instituições democráticas reajam com a maior dureza”, enfatizou.
Serrano também apontou a responsabilidade de lideranças políticas e criticou o discurso de moderação de parte das autoridades. “A sociedade democrática pode conviver com o extremismo ideológico, mas não com a prática de violência como método político. O que vimos em Brasília é um exemplo claro da necessidade de vigilância e repressão rigorosa para impedir a escalada desses atos.”
O jurista defendeu ainda a criação de uma unidade especializada na Polícia Federal para monitorar crimes extremistas: “Precisamos de um setor preparado para identificar e reagir a potenciais atos de violência. A Alemanha e os Estados Unidos já têm iniciativas semelhantes, e o Brasil precisa avançar nesse sentido”.
Por fim, Serrano reiterou a importância de combater qualquer tentativa de normalização de ataques terroristas e criticou propostas de anistia a envolvidos em atos golpistas: “Quem agora vacilar na punição está indiretamente apoiando o terrorismo como método. Isso é inadmissível em uma sociedade democrática”. Assista: