A Aliança Global Contra a Fome já reúne 41 governos, 13 organizações internacionais públicas e financeiras, 19 entidades filantrópicas e diversos representantes da sociedade civil. Desde o anúncio da iniciativa em Nova Déli pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto recebeu apoio de 54 delegações técnicas de países e organizações comprometidas com a sua construção.
Wellington Dias explicou que uma das estratégias de maior sucesso é a integração de alimentos produzidos localmente com programas de alimentação escolar, política que é referência no Brasil através do Programa Nacional de Alimentação Escolar. “De um lado, aumenta a oferta de alimento, ajuda a equilibrar o preço do que podemos chamar de cesta básica alimentar de cada país, mas também chega diretamente a quem mais precisa”, disse o ministro. Essa abordagem não só combate a fome, mas também promove a economia local e a sustentabilidade dos pequenos produtores.
Eixos de atuação e metas ambiciosas até 2030
A Aliança Global Contra a Fome está estruturada em seis eixos principais: acesso à água, apoio à agricultura familiar, transferência de renda, alimentação escolar, inclusão socioeconômica, e apoio à saúde materna e à primeira infância. Essas ações visam criar uma rede de suporte robusta que possa ser replicada em diferentes contextos ao redor do mundo, especialmente em regiões vulneráveis.
O Brasil, segundo Dias, assume um papel central no combate à fome, trazendo o tema para o centro das discussões internacionais, como o G20, um fórum historicamente focado em temas econômicos e de inflação. Essa liderança reflete a relevância do país na redução da pobreza na América Latina, onde o Brasil foi responsável por 80% dessa diminuição, conforme apontado pelo relatório Panorama Social da América Latina e do Caribe 2024, divulgado pela Cepal.
“É uma região que tem a presença do Brasil, e o Brasil já tem um acompanhamento e parcerias mais intensas. Então aqui vamos trabalhar como está na aliança, com conhecimento e com a colaboração de várias maneiras para que a nossa região seja um bom exemplo de bons resultados até 2030 no combate à fome e à pobreza”, completou Dias.
O ministro expressou confiança na adesão de mais países à aliança, destacando a busca por mais igualdade e cooperação internacional. “Digo que teremos, em 2025, um conjunto de outros países que vão seguir fazendo adesões”, afirmou, sinalizando um movimento crescente e positivo na luta global contra a fome.