Inegavelmente, os números do resultado final da eleição em Teresina surpreenderam. Na prova de domingo (06), após o falecimento do ex-prefeito Firmino Filho, o então eleito Sílvio Mendes voltará ao comando da prefeitura da capital herdando um "espólio político" considerável. Teresina fez o reconhecimento público.
No passado, logo após seu falecimento, dizia-se que Wall Ferraz teria levado os votos do tucanato para o túmulo. Firmino Filho surgiu e herdou!
O fenômeno, então, repetiu-se neste domingo com uma maioria de votos extraordinária de Sílvio Mendes sobre seu principal adversário. Provado ficou que, efetivamente, Teresina "não se rende". Após ter sofrido uma derrota humilhante na eleição para governador em 2022, Sílvio ressurge como "fênix", de uma possível "cinzas" e um "ostracismo político" quase que inevitável. Até pela idade dele e a defecção do tucanato na capital. Foi, realmente, impressionante a vitória de domingo!
Sílvio Mendes conseguiu reviver no sentimento do eleitorado o "espírito tucano" de bom administrar Teresina, de gestor e gestão confiável. E teremos, com certeza (sem que haja um cataclismo), mais outros oito anos com o "espólio político" deixado por Wall Ferraz e Firmino Filho.
Sobre o título do artigo, nos últimos vinte dias da campanha eleitoral, Teresina foi simplesmente invadida por uma "avalanche" de pesquisas. No mínimo 17 delas apontavam uma vitória até com certa margem de diferença do petista Fábio Novo. Que, diga-se de passagem, fez uma campanha eleitoral que acabou valorizando a vitória de Sílvio Mendes.
Contudo, um instituto de pesquisas, o Data AZ, acabou acertando em cheio. Não pelos números de domingo (06), mas por informar corretamente que Sílvio Mendes sairia vencedor das urnas. Todas as pesquisas registradas, divulgadas e publicadas pelo Data AZ mostraram uma vitória de Sílvio. Hoje, sabe-se que os demais institutos erraram. Inclusive o patrocinado pela Globo/Clube.
Logo após o resultado deste domingo em Teresina, debrucei-me em um estudo para entender o que o Data AZ produziu de forma correta e diferenciada dos demais institutos. E cheguei à conclusão que houve, sim, uma "ponderação estatística" nas análises.
Ponderação em pesquisas eleitorais deve sempre levar em conta fatores externos como a probabilidade de seleção entre concorrentes ao pleito. E qual fora um dos fatores externos não detectado pelos outros institutos para identificar a possibilidade real de vitória de Sílvio Mendes? O cabedal político dele em Teresina. Que, efetivamente, soube usar de forma magistral durante toda a campanha eleitoral, hoje coroada de êxito.