“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, destaca o relatório da OCDE.
No entanto, a entidade também alerta para o aumento do risco da inflação no país. A previsão para 2024 subiu de 4% para 4,4%, e para 2025, de 3,3% para 4%. O relatório destaca que o índice de preços ao consumidor no Brasil e no México tem subido em parte devido à desvalorização cambial. "O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado", indica a OCDE, embora ressalte que o país deverá continuar dentro da banda de metas do Banco Central.
A desvalorização cambial, que também afeta Argentina, Turquia e México, tem contribuído para o aumento das receitas de exportação, mas ao mesmo tempo eleva os custos da dívida em dólar. Adicionalmente, a OCDE aponta que as taxas de juros reais de longo prazo permanecem elevadas, tanto no Brasil quanto em outras economias avançadas, como Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido.
A entidade também revisou para cima as projeções de crescimento da economia global, com estimativa de expansão de 3,2% para 2024. Apesar de um cenário de crescimento positivo, o relatório destaca que ainda há desafios significativos, como tensões geopolíticas e comerciais que podem impactar o investimento e aumentar os preços de importações.