Pablo Marçal é produto do descrédito na política fomentado pela imprensa brasileira, afirma Marcos Coimbra
Cientista político critica o papel da grande mídia na ascensão do ex-coach
Publicada em 01/09/24 às 13:34h - 8 visualizações
Brasil 247
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(Foto: Reprodução)
O cientista político e fundador do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, afirmou em entrevista ao Giro das Onze,
da TV 247, que a ascensão do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) como
candidato do bolsonarismo à Prefeitura de São Paulo é uma consequência
do processo de descrédito da política fomentado pela grande imprensa
brasileira. Segundo Coimbra, o discurso de desconfiança em relação às
instituições do Estado, promovido ao longo dos últimos anos, abriu
espaço para o surgimento de figuras como Marçal.“Quem começou a
transformar a política em algo tão inconfiável foi, basicamente, essa
imprensa na grande guerra que moveram contra a esquerda no Brasil e que
continua a mover”, afirmou Coimbra. O cientista político destacou o
papel de veículos como a Folha de S.Paulo e o Estadão
nesse processo, principalmente durante as eleições em São Paulo. Para
ele, a guerra contra Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT), travada
por esses meios de comunicação, ajudou a moldar o cenário em que figuras
como Marçal ganharam relevância.
De acordo com Coimbra, Marçal
não é um fenômeno isolado ou espontâneo, mas o resultado de como a
política foi apresentada à sociedade nos últimos 15 a 20 anos. “Pablo
Marçal é um produto do modo como ele foi apresentado à política e como a
política foi apresentada à sociedade. Assim como foi forjado um palhaço
como Sérgio Moro à frente da Lava Jato, o golpe contra Dilma... Foi
isso que criou o Marçal", explicou Coimbra, referindo-se à atuação da
mídia em episódios como a operação Lava Jato e o golpe contra a
ex-presidente Dilma Rousseff.
Coimbra também criticou a forma como
a mídia plantou a ideia de que "nada presta" na política brasileira,
levando eleitores a optarem por candidatos que, em outras
circunstâncias, não teriam aceitação popular. "As pessoas não começaram a
dizer que votariam nele porque são idiotas, mas sim porque passaram a
acreditar que, se nada presta, qualquer coisa é válida", completou o
cientista político, ao falar sobre Marçal. Assista:
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