Além da distribuição de alimentos, as políticas e estratégias de combate à fome que vêm sendo desenhadas pela presidência brasileira no G20 — grupo de 19 grandes economias globais, mais a União Europeia e a União Africana — também visam à integração social e econômica dos mais pobres e de pequenos produtores, de modo que sejam incluídos no mercado nacional e global de alimentos.
Durante as discussões para a criação da aliança, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que determina que 30% dos produtos adquiridos sejam de produtores locais, foi apontado como um dos que têm maior impacto, com retorno significativo de investimento.
A estimativa do G20 é de que a cada US$ 1 investido o retorno é de nove vezes o valor com redução de danos em outras áreas sociais. O PNAE é um dos maiores programas de acesso à alimentação do Brasil e virou vitrine mundial.
Saulo Ceolin, coordenador da Força-Tarefa do G20 para o estabelecimento da Aliança Global, diz que a maior parte das 730 milhões de pessoas que passam fome no mundo estão concentradas no campo e, por isso, há uma conexão essencial do fortalecimento da agricultura familiar com o esforço de combate à fome.
No Brasil, para aumentar o acesso dos produtores familiares ao mercado consumidor, o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado pelo ministro Wellington Dias, assinou um acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês), a agência de assistência alimentar das Nações Unidas, para tornar os produtores brasileiros fornecedores do programa.