Lula enfatizou que estreitar laços com o país asiático não significa “brigar com os Estados Unidos”. A declaração foi feita em uma entrevista no Palácio da Alvorada, em Brasília, a agências internacionais como Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press.
Embora o governo ainda não tenha divulgado a gravação oficial, o Planalto compartilhou um trecho da fala nas redes sociais do presidente, conforme informações do G1.
“Nós pretendemos discutir com os chineses uma nova parceria estratégica entre Brasil e China. Uma parceria estratégica que envolva não apenas exportação de commodities, mas que envolva, no fundo, a gente fazer uma discussão envolvendo ciência, tecnologia, envolvendo a produção de chips, de software”, disse o petista.
Os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula. Foto: reprodução
Ele reiterou ainda que essa aproximação com a China não representa um conflito com os Estados Unidos. Vale lembrar que Estados Unidos e China são, respectivamente, as maiores economias do mundo e enfrentam disputas comerciais e políticas para assegurar vantagens aos seus mercados.
“Nós não queremos brigar com os Estados Unidos para estar junto com a China. Nós não queremos brigar com a China para estar junto com os Estados Unidos. Nós queremos ter relação com a China, com os Estados Unidos. Com a Alemanha, queremos ter aliança na América do Sul”, afirmou Lula.
“Porque esse é o papel de um país do tamanho do Brasil. Esse é o papel de um país importante, que tem muita, muita perspectiva de um futuro muito promissor para o seu povo”.