O relatório, de acordo com a reportagem, incluirá provas obtidas da investigação sobre a atuação das milícias digitais bolsonaristas e deverá indiciar Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto (ex-candidato a vice-presidente) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), além de Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), dentre outros ex-integrantes da gestão Bolsonaro.
A PF está procurando individualizar as condutas criminosas de militares e auxiliares do ex-mandatário, como o ex-assessor para Assuntos Internacionais Filipe Martins. Este último tenta provar que não deixou o país às vésperas do fim do governo Bolsonaro, ao contrário do que alega a polícia. Nesta linha, "a PF pediu o compartilhamento de provas do inquérito que apura como empresários, parlamentares e integrantes do ‘gabinete do ódio’ atacavam a reputação de adversários, de integrantes do Poder Judiciário e de ferramentas como a urna eletrônica para construir um ambiente favorável à virada de mesa nas eleições”.
A investigação sugere que cada investigação envolvendo o ex-mandatário faz parte de uma trama maior, culminando em uma tentativa de golpe de Estado. A estratégia envolveria as chamadas milícias digitais, que tinham o objetivo de aumentar dúvidas e ódio no eleitorado através da disseminação de fake news e ataques pessoais; a realização de reuniões no Palácio da Alvorada para discutir estratégias jurídicas para anular as eleições e impedir a posse de Lula, além da : Venda de joias presenteadas ao Estado brasileiro e fraudes de cartões de vacinação para preparar uma possível fuga do país.