A recente onda de evidências contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está aumentando a pressão sobre o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para que ele acelere uma possível denúncia perante o Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da colunista Carolina Brígido, do UOL.
Apesar da atuação do ministro Alexandre de Moraes e da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro, Gonet tem dito que não quer apresentar as denúncias durante o período eleitoral, visando evitar uma maior turbulência no cenário político nacional.
Atualmente, a previsão é de que as acusações sejam formalizadas a partir de novembro, logo após as eleições municipais. Contudo, setores do Judiciário e investigadores da PF preferem uma ação prévia ao início das campanhas, marcadas para 16 de agosto.
Isso poderia abrir caminho para uma nova fase nas investigações, potencialmente resultando em ações penais imediatas. Uma denúncia antecipada aumentaria as chances de uma condenação criminal e, consequentemente, de uma possível prisão do ex-presidente.
Por outro lado, postergar a denúncia para depois das eleições poderia prolongar as investigações, arriscando um julgamento próximo às eleições presidenciais de 2026 — o que poderia gerar maior incerteza política.
Gonet, no entanto, tem indicado preferência por uma denúncia meticulosa, mesmo que isso demande mais tempo para sua elaboração.
Vale destacar que, em março, Bolsonaro foi indiciado pela PF por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação, no contexto da investigação sobre fraude em certificados de vacinação contra a covid-19. A corporação ainda o indiciou no inquérito que apura a negociação ilegal de joias recebidas da ditadura saudita.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução
Ainda segundo a colunista, há rumores em Brasília de que a PF poderá concluir em breve as investigações sobre os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, possivelmente finalizando os elementos necessários para uma denúncia completa contra Bolsonaro.