Ainda conforme a reportagem, a oposição tenta agora se desvincular do projeto. O senador Ciro Nogueira (PI), um dos principais nomes do PP, destacou que nem ele, nem Lira, possuem compromisso em levar o mérito da proposta adiante. "O acordo, o gesto para a bancada evangélica, era apenas o de votar a urgência. Apenas isso. Não há qualquer acordo sobre o mérito (conteúdo) da proposta”, disse Nogueira.
A proposta de lei não apenas mobilizou a população, mas também revelou fissuras dentro da própria bancada evangélica e entre líderes religiosos em todo o país. Nas redes sociais, diversas figuras religiosas, incluindo pastores, manifestaram-se contra o projeto, o que contribuiu para a exposição das divisões internas.
Para o grupo próximo a Lira, o desgaste causado pela proposta é inédito desde os eventos de 8 de janeiro de 2023. A análise é de que o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), um dos autores da proposta, pode ter garantido seu eleitorado evangélico para "umas três eleições", mas ao custo de expor a oposição a uma crise política significativa.