Apesar de ter se livrado da perda de seu mandato no Tribunal Superior Eleitoral, que analisou as acusações de irregularidades financeiras em sua campanha de 2022, ele sofreu uma nova derrota nesta terça-feira (5), quando o Supremo Tribunal Federal decidiu torná-lo réu pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Politicamente isolado e enfraquecido, Moro também vê as decisões que proferiu durante a falecida Lava Jato sendo revertidas. Ele é, inclusive, investigado no âmbito de uma delação premiada negociada quando ele era juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Conforme revelado pelo Brasil 247 em uma entrevista bombástica em junho do ano passado, o caso remonta a um acordo de colaboração premiada firmado em 2004 pelo empresário Tony Garcia, após ele ser preso pela PF sob a acusação de gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi, em processo anterior à Lava Jato.
A partir daí ele relatou ter sido ameaçado por Moro e levado a gravar investigados e “trabalhar” para obter provas contra políticos e outras figuras proeminentes, sobretudo ligadas ao PT.
Apesar da
absolvição no TSE, as acusações contra Moro continuam a se acumular, e
seu futuro parece cada vez menos promissor para alguém que almejava a
presidência da República e desbancar o Partido dos Trabalhadores.