Entre os destaques, está a criação de um programa que visa integrar políticas urbanas, ambientais e climáticas, incentivando práticas sustentáveis. O foco será nas regiões metropolitanas e municípios com alta vulnerabilidade social e climática.
“Respeitar e aproveitar serviços ecossistêmicos do verde dos ambientes urbanos, áreas mais vulneráveis, regiões metropolitanas e pensar investimentos e intervenções que possibilitem não ter comunidades em encostas, perto de margens de rios e lagos, e possam enfrentar as mudanças climáticas no ambiente urbano”, afirmou Marina Silva.
O evento também contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que participou de sua primeira agenda em Brasília desde o início da tragédia ambiental. Convidado por Marina, Leite aproveitou a ocasião para solicitar uma audiência com Lula, ainda não confirmada na agenda oficial da presidência.
Veja a lista de ações anunciadas:
“A questão ambiental é um chamamento à responsabilidade dos humanos, considerados a espécie mais inteligente do planeta, para que não destruam sua casa, o ar que respiram, a água que bebem”, afirmou o presidente durante a cerimônia.
Lula também destacou a resistência de algumas pessoas às medidas de proteção ambiental, afirmando que há quem queira “passar a motosserra” na floresta para plantar qualquer coisa.
Uma das medidas específicas é o pacto entre o governo federal e os governadores para combater os incêndios no Pantanal e na Amazônia. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve um aumento de 898% no número de queimadas no Pantanal em comparação com o mesmo período de 2023.
Lula também anunciou um programa para destinar R$ 730 milhões ao desenvolvimento sustentável da Amazônia e ao combate ao desmatamento e incêndios florestais, sendo R$ 600 milhões do Fundo Amazônia e R$ 130 milhões do Floresta+. Esse programa é uma parceria com estados responsáveis por 78% do desmatamento em 2022.
Além disso, o governo federal anunciou uma redução de 12,9% no desmatamento do Cerrado de janeiro a maio de 2024. O Cerrado, crucial para a segurança hídrica do Brasil, tem enfrentado desafios devido ao avanço do agronegócio e à frágil fiscalização.