Em um marco histórico para o Brasil e para o mundo, o G20 Social foi aberto nesta segunda-feira (20) em Teresina, com a participação de 54 delegações de países e organizações internacionais. O evento, que reúne as maiores economias do mundo, tem como foco central o combate à fome e à pobreza, buscando soluções conjuntas para um problema global urgente.
Na oportunidade, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, concedeu entrevista coletiva ao lado do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, e do governador do Piauí, Rafael Fonteles.
Wellington Dias apresentou à imprensa pontos e temáticas que serão debatidos ao longo da semana pelas 54 delegações participantes do encontro do G20. "Nesta semana, Teresina sedia decisões importantes para o Piauí, para o Brasil e para o mundo, neste que é um dos maiores eventos internacionais da nossa história. Teremos, a partir de hoje, o G20 Social, o grupo das maiores economias do mundo, ampliado com a presença de blocos de países organizados, países convidados e organismos internacionais", explicou o ministro.
A proposta do G20 Social foi construída a partir da aliança global de combate à fome e à pobreza. "Abrimos hoje com a escuta de lideranças sociais que trabalham nessa temática. Teremos, ao final, um relatório que será entregue à delegação brasileira, a quem caberá extrair as propostas que possam servir de base para aprovação e encaminhamento ao fórum do G20. O desejo é sair de Teresina com o entendimento técnico para produzir os termos da aliança global contra a fome e a pobreza", acrescentou Wellington Dias.
"O objetivo já foi traçado: até 2030, a partir de um plano de cada país, retirar o Brasil do mapa da fome. 735 milhões de pessoas no mundo não tinham condições de fazer as três refeições diárias, num quadro de insegurança alimentar grave. O objetivo é que cada país faça a sua parte. Essa pactuação entre os três poderes vai nos dar um instrumento, indicando as experiências do mundo consideradas eficientes, que vão compor uma cesta de alternativas para que países mais desenvolvidos possam dar as mãos aos países mais pobres", afirmou o titular do MDS.
Márcio Macêdo detalhou a estrutura do debate. "O G20 tem duas grandes trilhas: a geopolítica, coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, e a trilha econômica, coordenada pelo ministro Fernando Haddad. O presidente Lula, ao assumir a presidência do G20, criou uma terceira trilha. Com ineditismo, o G20 Social proporciona a inclusão da sociedade civil organizada para debater as políticas que serão decididas no G20, que são os receptores dessas políticas públicas a serem definidas", declarou.
"Eu
e o ministro Wellington temos uma parceria muito importante para que
esta cesta de projetos de combate à fome seja feita a partir das
experiências de outros países, mas também com a participação e as
contribuições dos povos do Brasil e dos demais países que compõem o
G20", concluiu Macêdo.
O governador Rafael Fonteles disse que o diferencial do evento é aproximar do povo e da sociedade civil organizada as 20 maiores economias do mundo. "No momento em que o presidente Lula coloca o social em pé de igualdade com as questões geopolíticas e econômicas, é uma demonstração inequívoca do compromisso do presidente Lula e de sua equipe de ministros com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É uma honra para nós que esse debate seja feito hoje no Piauí", destacou Fonteles.