Conhecidos por uma culinária que não é especialmente vegetariana e com uma população que consome em média mais carne bovina que o restante da Europa, a França prepara para os Jogos Olímpicos de Paris um cardápio que tem como objetivo principal a sustentabilidade ambiental.
Os organizadores dos Jogos anunciaram que 60% da comida servida ao público durante as Olimpíadas não conterá carne. Além disso, 80% dos pratos serão compostos por alimentos provenientes da produção local.
As refeições oferecidas serão baseadas em quatro tipos de cozinha: francesa, asiática, africana e caribenha e comida internacional.
Para os atletas, calcula-se que o restaurante da Vila Olímpica servirá 40 mil refeições por dia e funcionará 24 horas, com 33% da alimentação de origem vegetal. Os cerca de 15 mil participantes comerão em pratos retornáveis em vez de descartáveis, fato inédito nos Jogos Olímpicos.
A Vila Olímpica terá também uma boulangerie com baguetes francesas frescas, croissants e doces. Nenhuma bebida alcoólica será servida.
O chef executivo da Sodexo, responsável pelo restaurante dos atletas, acredita que o estereótipo de que a culinária francesa seja "carne, carne e só carne" não é verdadeiro.
“O bife bourguignon é uma receita muito francesa, mas eu a reformulei para os atletas olímpicos como um bourguignon vegetariano com vegetais da estação, batatas, cenouras, ervilhas, alho-poró jovem e chalota”, explicou ao The Guardian. "Gosto de comer um prato vegetariano com garfo e faca e que seja tão prazeroso quanto os produtos de origem animal."