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Pacheco destaca relação com a França como fundamental ao receber Macron

O governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), e os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), acompanharam o encontro

Publicada em 29/03/24 às 06:59h - 10 visualizações

Correio Braziliense/Ândrea Malcher


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Pacheco destaca relação com a França como fundamental ao receber Macron
 (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou, nesta quinta-feira (28/3), ao receber a visita do presidente francês Emmanuel Macron, que a relação do Brasil com a França é “fundamental” frente aos desafios que o país tem a enfrentar.

“O Brasil tem muitos desafios pela frente. Sobretudo, a condução do G20 e a realização da COP 30, que será no Norte do Brasil, no Pará. Naturalmente, que esta relação com a França é fundamental para que sejamos bem sucedidos”, pontuou o senador.

O senador relembrou que, nesta semana, o Senado comemora 200 anos de existência. “Gostaria que fosse um dia habitual de trabalho do Congresso Nacional, para que vossa excelência pudesse testemunhar a vitalidade da democracia brasileira”, pontuou Pacheco.

“Espero que (a viagem ao Brasil) tenha sido muito produtiva na celebração dos acordos bilaterais e no fortalecimento das relações bilaterais com o governo brasileiro”, completou.

Macron, sem citar nomes, foi elogioso com os esforços do Congresso e do governo de reconstrução de políticas, após o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A democracia brasileira é muito viva e o que aconteceu nos últimos anos, tudo que tem sido feito, tem sido para nós uma fonte de inspiração vendo a capacidade de resistência que vocês tem aqui. E nós estamos perfeitamente conscientes do papel que os deputados e senadores eleitos desempenham junto com o Congresso Nacional”, afirmou o francês.

O encontro foi acompanhado pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP); o senador Davi Alcolumbre (União-AP); os deputados Dandara Tonantzin (PT-MG), Antonio Brito (PSD-BA), Gervásio Maia (PSB-PB), e Pedro Campos (PSB-PE), bem como pelo governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade).

Amapá e Guiana Francesa

Em um segundo momento, o encontro ocorreu a portas fechadas e a participação dos representantes do Amapá na visita chamou atenção. A maior fronteira francesa é com o Brasil, justamente por meio do estado do Amapá com a Guiana Francesa. Assim, o estado estava amplamente representado. Segundo Alcolumbre, portanto, é necessário “estreitar essa relação”. “E institucionalizar essa relação que os irmãos brasileiros e franceses vivem há anos, entre o Oiapoque e a Guiana Francesa.”

“Esse é o sentido da presença do governador, nosso sentido também, buscando resolver alguns gargalos. Por exemplo, nós temos um problema seríssimo no Amapá que é a questão do visto na relação institucional com o outro país. Isto é um problema dramático para os amapaenses, porque para você entrar na Guiana Francesa precisa de visto. E para você sair de Brasília, de São Paulo e do Rio para a França, não é preciso”, explicou o senador presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

De acordo com o Alcolumbre, outro problema tratado é o da Ponte Binacional Franco-Brasileira. “Outro problema seríssimo é que nós construímos uma ponte que liga o Amapá à Guiana Francesa. De fato, existe uma ponte de concreto estabelecendo essa relação em cima do rio Oiapoque e a gente não consegue levar os nossos veículos do Amapá, ou do Brasil, para a Guiana Francesa por conta de um acordo da União Europeia que trata dos seguros automotivos.”

“Isto é um problema para todos nós, porque os veículos franceses atravessam a ponte e não são cobrados no Brasil. Os do Brasil que querem atravessar a ponte para ir para a Guiana Francesa precisam pagar um seguro altíssimo”, pontuou o senador, que acrescentou, ainda, que os representantes do estado querem que “a França trate o Amapá como Brasil, estabelecer a relação da reciprocidade, sem preconceitos, reconhecendo a importância dessa relação”.

Alcolumbre respondeu a resistência de Macron a firmar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Na quarta-feira (27/3), o presidente da França defendeu, no Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que "não há nada no acordo que leve em consideração a questão da biodiversidade e do clima”.

“O Amapá é o estado mais preservado do Brasil. Então, se há uma bandeira levantada pelo presidente da França, de preservação ambiental, o Brasil dá sua parcela de contribuição, mas o Amapá dá muito mais. O Amapá tem mais de 97% da sua cobertura vegetal preservada primária intacta. O Amapá tem 63% de terras protegidas. O Amapá tem o maior parque de floresta tropical do planeta. O Amapá está dando para o mundo o que o mundo pede para o Brasil e para a humanidade: a preservação”, declarou ele.




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