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Pesquisa UFBA: Programa Bolsa Família do Brasil pode reduzir mortalidade por aids

A pesquisadora Andrea aponta a importância dos resultados

Publicada em 29/02/24 às 17:17h - 12 visualizações

Agência Brasil


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Um estudo da Universidade Federal da Bahia e da Fiocruz Bahia, em parceria com a Universidade da Califórnia em Los Angeles, aponta que o programa Bolsa Família pode reduzir significativamente o adoecimento e mortalidade por aids em países com populações extremamente vulneráveis.

O estudo analisou dados de um período de nove anos, de 2007 a 2015, de quase 23 milhões de brasileiros a partir de 13 anos.

Andreia Silva, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo, ressalta os principais públicos beneficiados pelo programa. “Notamos também que esse efeito de redução foi maior nos indivíduos de renda extremamente baixa. Observamos também que o programa teve impacto expressivo entre mulheres e adolescentes”.

Salvador Corrêa, membro da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV no Rio de Janeiro, ressalta que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, ajudam no cuidado integral à saúde. “Elas permitem que o cuidado seja integral. Quando se pensa saúde, nós pensamos em um conceito amplo, que não é apenas o biomédico. Não basta oferecer remédio. A pessoa precisa ter remédio, precisa se alimentar, precisa ter água potável, precisa ter um ar de qualidade. Precisa viver em um ambiente que tenha condições sanitárias adequadas. Então é uma série de questões que envolve a ideia de saúde integral”.

A pesquisadora Andrea aponta a importância dos resultados. “Acreditamos que esses resultados são cruciais para fundamentar políticas [públicas] baseadas em evidências, fornecendo às autoridades governamentais informações confiáveis para a tomada de decisões, como também direcionar recursos de forma mais eficaz”.

A pesquisa foi publicada na revista Nature Commnications. Mundialmente, mais de 40 milhões de pessoas morreram de doenças relacionas à aids em países com populações extremamente vulneráveis desde o início da epidemia, na primeira metade dos anos 80. Além disso, mais de 39 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo em 2022.

Edição: Nadia Faggiani / Liliane Farias




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