foto: Luiz Carlos Azenha e reprodução
O padre Kelmon Luís da Silva Souza teve apenas 81.129 votos como candidato a presidente da República em 2022, como linha auxiliar de Jair Bolsonaro.
Agora candidato a prefeito de São Paulo, o padre "fake" foi uma das estrelas de hoje na avenida Paulista.
Disse à Fórum que "orações" são parte essencial das tentativas de apear do poder o presidente Lula.
Kelmon é um exemplo consagrado da bolha bolsonarista.
Apesar da votação ínfima, ele é um dos ídolos no Carnagado.
Suellen Rayanne, a "trans de direita", também chamou atenção no evento.
Nas proximidades do prédio do MASP, Suellen foi abordada por dezenas de bolsonaristas que queriam tirar uma foto.
À Fórum, ela se disse contra um golpe militar para apear Lula do poder.
Defende manifestações como a de hoje para fazê-lo.
Suellen recentemente recebeu uma ligação de Jair Bolsonaro. Ela diz que o ex-presidente não é contra as pessoas trans ou LGBTQI+.
Por perto de Suellen, uma barraca arrecadava assinaturas para um novo partido.
Trata-se do Conservador.
Um partido "realmente" de direita, argumentavam os organizadores, distinto do PL que hoje abriga Bolsonaro.
O Carnagado juntou anjo, Israel e EUA na mesma página. Foto Luiz Carlos Azenha
Resolver na bala
As faixas pedindo "intervenção militar" sumiram da avenida Paulista.
À Fórum, vários bolsonaristas falaram em uma saída política para o que enxergam como governo ilegítimo de Lula, com base na unidade da direita e em manifestações de rua.
Porém, a solução de um tiro não foi descartada por mais de um deles.
Ouvido pela Fórum, um manifestante disse que o slogan mudou: "Lula, ladrão, seu lugar é num caixão".
Abordado por nossa reportagem, outro foi direto ao ponto: "Precisa de um cabra macho. Chegar lá e descarregar uma pistola na cabeça dele".