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Militares tentam blindar colegas de farda e empurram responsabilidade da intentona golpista para Bolsonaro

Estratégia na caserna é tratar os militares como coadjuvantes do roteiro do golpe, empurrando a responsabilidade para o governo Jair Bolsonaro

Publicada em 20/02/24 às 12:27h - 10 visualizações

Brasil 247


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Militares tentam blindar colegas de farda e empurram responsabilidade da intentona golpista para Bolsonaro
 (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)
Em meio às investigações da Operação Tempus Veritatis, que apura uma possível tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, militares estão tentando blindar e minimizar a participação de colegas de farda no planejamento da trama golpista.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, a avaliação de diversos oficiais ouvidos pelo é que “haveria ‘excessivo poder' de influência atribuído a militares de baixa patente e sem contingente para mobilizar. É o caso, por exemplo, do general Estevam Theophilo, comandante do Comando de Operações Especiais Terrestres (Coter), que teria sinalizado adesão aos planos de Bolsonaro”.

De acordo com o Exército, o Coter, situado em Goiânia, é um grupo de planejamento sem capacidade de atuação por não possuir nenhuma tropa diretamente ligada à unidade, além de estar vinculado ao Comando Militar do Planalto, sendo necessária a autorização do comandante do Exército para tomar qualquer atitude. >>> PF avança com cautela sobre militares para evitar crise institucional com as Forças Armadas

Também há críticas à atuação de militares como o coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o coronel Bernardo Romão Correa Neto, entre outros, acusados de trocar mensagens com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e fornecer informações falsas ao núcleo golpista. “A alegação é de que se trata de militares de baixa patente e cujos raios de influência não ultrapassariam seus círculos de amizades pessoais”, destaca a reportagem. 

Além disso, há uma avaliação de que o papel atribuído às Forças Especiais é exagerado. Apesar de terem o nome de "Especiais", são consideradas de "chão de fábrica", destinadas a militares em início de carreira e sem papel de comando.

Em relação a figuras consideradas centrais no roteiro golpista, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a avaliação é que eles já estão na reserva e não teriam força para mobilizar as tropas.




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