No quarto trimestre, o Banco do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 9,44 bilhões, um crescimento de 4,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Essa cifra superou as expectativas dos analistas, que projetavam um valor próximo de R$ 9,2 bilhões para o período.
O resultado coloca o Banco do Brasil ao lado do Itaú, cujo lucro atingiu R$ 35,6 bilhões no ano passado, representando um aumento de 15,7% em relação a 2022, e à frente do Bradesco, que registrou um lucro de R$ 16,3 milhões, sofrendo uma queda de 21,2% em comparação ao ano anterior.
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil alcançou a marca de R$ 1,1 trilhão, apresentando um crescimento de 10,3% em 2023. Apesar da inadimplência de 90 dias estar abaixo da média do mercado (3,3%), houve um aumento desse indicador no último trimestre, chegando a 2,92% ao final do ano, em comparação com 2,81% no terceiro trimestre.
No setor do agronegócio,a instituição financeira destinou R$ 120 bilhões para a safra 2023/2024, totalizando R$ 355,3 bilhões na carteira total para este segmento ao final de 2023. Deste montante, R$ 66,1 bilhões foram direcionados à agricultura de baixo carbono. Para este ano, a previsão é de que o crédito destinado ao agronegócio cresça entre 11% e 15%.
O diretor de gestão financeira e de relações com investidores do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias da Silva, ressaltou que, assim como ocorreu com outros bancos, as provisões do BB atingiram R$ 30,5 bilhões, registrando um aumento expressivo de 82,3% em relação a 2022, quando as provisões somaram R$ 16,7 bilhões.