A decisão de Moraes detalha o funcionamento do núcleo golpista
bolsonarista, que se dividia em dois grupos. O primeiro tinha como
objetivo produzir e disseminar informações sobre a "falaciosa
vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação". O segundo "praticava
atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou
seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as
investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças
especiais", diz a reportagem.
Ainda sobre a participação dos militares, as investigações demonstraram que militares da ativa pressionaram pares que eram contra um golpe de Estado para fazê-los aderir ao ato criminoso. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, ainda teria recebido de um pedido de R$ 100 mil para custear os acampamentos e toda a estrutura da intentona golpista.
"A PF descobriu ainda que o PL, partido de Bolsonaro, foi usado para financiar narrativas de apoio de ataques às urnas. O ápice dessa estratégia foi a apresentação pela coligação da candidatura à reeleição do então presidente, em dezembro de 2022, questionando o resultado da eleição", complementa a matéria.