“Esse país não tem mais volta. Ou a gente aposta verdadeiramente que através da educação a gente vai salvar esse país, ou a gente vai ficar na mediocridade de ter uma minoria de pessoas que podem mandar seus filhos estudarem em Londres, em Chicago, e ter a maioria que sabe que a criança vai desistir da escola para ter que trabalhar, para vender coisa na rua. Então tem gente que não precisa do Estado. Mas tem muita gente que precisa, e é para essa gente que o Estado tem que existir. O Estado tem obrigação de garantir oportunidade para que todas as pessoas possam vencer na vida”, afirmou.
O presidente ainda declarou que o papel do Estado “não é atender os mega empresários que cada vez que vão na Presidência só querem saber de pedir bilhões, bilhões e bilhões”. “Pega a dívida ativa brasileira. Você vai encontrar quase R$ 2 trilhões em dívidas. Veja se os pobres têm dívida. Não tem! O pobre, quando ele compra o pão e o leite fiado e ele não pode pagar, ele para de passar na frente da padaria. O rico não. O rico gosta de dizer que está devendo. Para ele é uma coisa charmosa dizer ‘eu peguei R$ 5 bilhões no BNDES, com juros de longo prazo, cinco anos de carência e vou pagar em 15 anos’”.
O presidente também afirmou que seu governo tem como objetivo transformar a sociedade brasileira em uma sociedade de classe média. “Eu queria que houvesse a compreensão dos setores mais altos da sociedade de que o que a gente está fazendo é tentar levar a sociedade brasileira a subir um degrau na classe social. Ninguém gosta de ser pobre, de morar mal, de comer mal, de estudar mal. A gente gosta de coisa boa”.