"O caso Marielle se aproxima do seu final com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda", afirmou Bolsonaro no Instagram.
De acordo com Lessa, que está preso, o ex-deputado estadual pelo MDB Domingos Brazão, 58 anos, foi um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora. Ele é conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ) atualmente.
A investigação sobre o assassinato de Marielle pode envolver políticos da extrema-direita. Lessa morava no mesmo condomínio de Bolsonaro no município do Rio. O ex-mandatário também foi apoiado por familiares de Brazão na campanha eleitoral de 2022.
Outro ex-policial, Élcio Queiroz foi preso desde 2019 por participação nas mortes de Marielle junto com Ronnie Lessa, que também está detido. Em depoimento a investigadores, Queiroz admitiu que dirigiu o carro usado no ataque e disse que Lessa fez os disparos com uma submetralhadora. Também afirmou ter recebido pagamentos mensais de R$ 5 mil de Suel. E disse que Lessa teria experimentado um "aumento muito grande" em seu patrimônio após o crime. Segundo Queiroz, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, vigiou Marielle.
Policiais prenderam no ano passado o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. Ele atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Assassinato em 2021, o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle. Foi o que disse Queiroz em delação. Os dois monitoraram Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.
Queiroz disse que o mecânico Orelha foi acionado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.