A cada ano novo, a mesma situação ocorre: proprietários de cães e gatos relatam o desaparecimento de seus animais de estimação, que fogem aterrorizados pelos fogos de artifício durante as celebrações de réveillon.
Este problema sério levou à proibição de fogos barulhentos em várias cidades brasileiras, como São Paulo (SP), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ), beneficiando animais, idosos, autistas, bebês e doentes.
Cães, com audição superior à dos humanos, sofrem estresse com barulhos acima de 60 decibéis, segundo o CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária). Barulhos de fogos podem causar pânico neles e em outros animais.
Casos graves de traumas em animais durante queima de fogos são comuns, além de casos de fuga e acidentes. A recomendação é que os animais mais sensíveis fiquem perto dos donos durante a queima de fogos para se sentirem mais seguros.
Conselho Federal de Medicina Veterinária recomenda manter pets perto dos donos durante a queima de fogos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Uma das causas dessa sensibilidade é o “erro de sociabilização”, que ocorre entre filhotes de cães e gatos com 21 a 90 dias de vida e pode gerar fobias a sons altos, como trovoadas e fogos de artifício.
Para proteger os animais durante festas com fogos, o CFMV sugere medidas preventivas. É essencial que os animais tenham identificação com telefone e e-mail. Criar um ambiente tranquilo e familiar para o animal é outra recomendação, incluindo espaços seguros e objetos com o cheiro do dono.
Alimentar e distrair o animal durante os fogos também é aconselhado, além do uso de medicamentos calmantes em casos extremos, sob orientação veterinária. Assim, é possível ter uma virada de ano segura para os pets.