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Retrospectiva 2023: julgamento de atos golpistas marca ano judiciário

Novos ministros e inelegibilidade de Bolsonaro também foram destaques

Publicada em 31/12/23 às 12:15h - 10 visualizações

Agência Brasil


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Retrospectiva 2023: julgamento de atos golpistas marca ano judiciário
 (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
Em um ano marcado pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal realiza o seu maior julgamento da história. 

Mais de 1.400 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal, dentre aquelas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, estimularam e financiaram as ações. 

O Supremo já condenou 30 pessoas e um dos réus já começou a cumprir a pena de 17 anos de prisão. 

No julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, reforçou a gravidade do caso. 

Outro julgamento acompanhado de perto pela mídia e pela população foi o que tornou Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. 

Por 5 votos a 2, o Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, seguindo a posição do ministro Benedito Gonçalves, relator do processo.

Outro julgamento importante e polêmico colocou em disputa os interesses dos povos indígenas e de empresários do agronegócio. O Supremo considerou inconstitucional o marco temporal de que os indígenas têm direito apenas às terras que ocupavam ou disputavam em 5 de outubro de 1988, quando a atual Constituição Federal foi promulgada.  

O resultado do julgamento, inclusive, gerou divergências com o Congresso Nacional, que posteriormente derrubou o veto de Lula e aprovou o marco temporal. 

A presidente do STF na época, ministra Rosa Weber, foi um dos votos favoráveis à derrubada da tese. 

O Supremo ainda se debruçou sobre ações importantes como o porte pessoal de drogas e a relação de trabalho entre aplicativos e motoristas. 

Em 2023, dois novos nomes foram indicados para o Supremo Tribunal Federal. Cristiano Zanin, que defendeu o presidente Lula nos processos da Lava Jato, assumiu a vaga de Ricardo Lewandowski. E Flávio Dino, ministro da Justiça, vai substituir Rosa Weber. A posse vai acontecer no ano que vem. 

Edição: Nádia Faggiani/ Renata Batista




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