O valor atual do Bolsa Família supera em 317% a média anual do programa nos quatro anos anteriores à pandemia, que era de R$ 40,3 bilhões, também ajustada para os preços de 2023. A consultoria liderada por Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central (BC), destaca que as transferências de renda são um canal importante através do qual os gastos públicos estão impulsionando a demanda na economia. Em 2020, o montante das transferências de renda chegou a R$ 468,2 bilhões, considerando o Bolsa Família e o auxílio emergencial.
Este aumento nas transferências no governo do presidente Lula é complementado pela força do mercado de trabalho e pela queda da inflação, contribuindo para o crescimento do consumo das famílias, que foi de 1,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, ajustado sazonalmente. Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,1%, e o investimento diminuiu 2,5%. As previsões da A.C. Pastore indicam que o consumo das famílias deverá crescer 3,4% em 2023, superando a expansão projetada de 3,1% para o PIB. Para 2024, espera-se que o consumo das famílias cresça 2,3%, novamente superando o crescimento previsto de 1,7% para a economia.