Vinícius Sarciá Rocha, irmão do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), tornou-se alvo nesta quarta-feira (20) da Operação Sétimo Mandamento, conduzida pela Polícia Federal (PF) com mandados expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A operação se insere na investigação de possíveis fraudes em programas assistenciais do estado.
“Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”, afirmou a PF.
Além disso, foi encontrado dinheiro vivo na residência de Vinícius Sarciá Rocha. O montante está sendo contabilizado pela PF neste momento, segundo informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Além do alvo principal, Vinícius Sarciá, presidente do Conselho de Administração da Agerio, a operação inclui buscas a Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.
A PF está executando 7 medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal, bem como 6 medidas de afastamento de sigilo telemático nesta quarta-feira.
A Operação Sétimo Mandamento investiga crimes como organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam ocorrido na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos de 2017 e 2020.
Em abril, o ministro Raul Araújo, do STJ, autorizou a abertura de um inquérito da PF para investigar Castro por suposto envolvimento em um esquema de corrupção durante seu mandato como vereador e vice-governador, também entre 2017 e 2020.
Conforme as investigações da PF que resultaram na operação desta quarta, “a organização criminosa infiltrou-se nos setores públicos assistenciais do estado, realizando fraudes em licitações e contratos administrativos, desviando verbas públicas e efetuando pagamentos de propinas aos envolvidos nos esquemas”.
“O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada”, afirmou a PF.