Conforme divulgado nesta terça-feira (24), Cid alegou que partiu do próprio Bolsonaro a ordem para fraudar certificados de vacinas contra a Covid-19, tanto para ele quanto para sua filha, Laura. O militar também admitiu à PF que coordenou a falsificação dos documentos com aliados, chegando a imprimir os cartões falsos e entregá-los pessoalmente ao então mandatário no ano passado.
Ainda conforme a reportagem, “Cid respondeu em detalhes a todos os questionamentos feitos pela Polícia Federal envolvendo Jair Bolsonaro e detalhou como o ex-presidente se comportou sobre assuntos como vacinas, reuniões para tratar de golpe de Estado e a aquisição de presentes que ganhou e que eram destinados à União, no caso das joias enviadas pelos sauditas”.
Até recentemente, os auxiliares de Bolsonaro tentavam obter informações detalhadas sobre o acordo, mas uma fonte da ala militar de Bolsonaro insistia que o nome do ex-mandatário sequer teria sido citado. No entanto, com a revelação de mais um trecho da delação envolvendo diretamente o ex-ocupante do Palácio do Planalto, o cenário mudou e “Bolsonaro e seu entorno têm dado sinais de que agora creem que a delação do ex-ajudante de ordens o tem como figura central”.
Quanto à questão das vacinas, a versão apresentada por Bolsonaro à PF difere significativamente da narrativa de seu ex-aliado. Ele alegou aos investigadores que não tinha conhecimento nem orientou fraudes nos cartões de vacinação, seja para seu uso pessoal ou o de sua filha.