O empresário bolsonarista Thiago Brennand foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro. A decisão é do Fórum de Porto Feliz (SP) e essa é a primeira sentença contra ele, que também é réu em outros processos por abuso sexual, ameaça, lesão corporal, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado.
O juiz Israel Salu, responsável pela condenação, ainda determinou que ele pague R$ 50 mil por danos morais à vítima, que o acusou de estupro dentro de sua mansão. O empresário prestou depoimento no dia 25 de agosto e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) dispensou novas oitivas.
O bolsonarista está preso preventivamente desde abril no CDP (Centro de Detenção Provisória) 1 de Pinheiros, em São Paulo. Ele foi extraditado dos Emirados Árabes e está em uma cela isolada dos demais presos.
A vítima do caso é uma mulher americana que disse que a violência sexual ocorreu após eles saírem por um mês. “A gente saía junto há um mês, mas nunca quis nada sério com ele porque os apetites sexuais dele eram diferentes do que eu concordava”, relatou em audiência.
Ela contou que teve um sangramento após o estupro e que manchou o lençol de Brennand. Ele teria reclamado após o episódio e dito que não queria que a roupa de cama ficasse suja.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e os promotores responsáveis pela acusação dizem que ele ainda gravou cenas íntimas sem o consentimento da mulher e teria ameaçado expor as imagens quando a vítima quis romper a relação.