O influenciador evangélico Victor de Paula Gonçalves, mais conhecido como Victor Bonato e fundador do "Galpão", uma organização religiosa voltada para jovens em Alphaville, na Grande São Paulo, foi preso no final de setembro sob a acusação de estupro contra três mulheres que frequentavam o local. A notícia da prisão do líder religioso veio à tona por meio de uma reportagem do site Metrópoles, que teve acesso ao inquérito policial, e foi publicada neste sábado (7).
A Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público solicitaram a prisão de Bonato devido ao risco de fuga do influenciador. As três vítimas, duas estudantes de 19 e 20 anos e uma empresária de 25, denunciaram o líder religioso à Delegacia da Mulher de Barueri, onde prestaram depoimentos alegando que ele usava de sua influência religiosa para abusar sexualmente delas. Bonato nega veementemente as acusações.
O inquérito policial aponta que os estupros teriam ocorrido entre janeiro e setembro deste ano, em diferentes locais, inclusive na residência do fundador do "Galpão". O juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, aceitou a denúncia do Ministério Público e determinou a prisão do líder evangélico. Ele detalhou as denúncias das vítimas em sua decisão, afirmando que Bonato empregava violência para cometer os estupros, obrigando as mulheres a praticar sexo oral nele.
Todas as três vítimas relataram terem sido persuadidas a aceitar atos libidinosos ou conjunção carnal, influenciadas pela autoridade religiosa de Bonato como um dos líderes do grupo e também pela sua agressividade, escreveu Nascimento em sua decisão.
"Cometi alguns pecados"
Em 19 de setembro, poucos dias antes da decretação de sua prisão, Victor Bonato divulgou um vídeo em seu Instagram no qual admitiu ter cometido "alguns pecados".
"Eu cometi alguns pecados, eu caí em imoralidade, iniquidade, eu fui contrário a tudo que eu prego", disse.