Esse notável crescimento está correlacionado com a diminuição da taxa de desemprego, que registrou mais uma queda, chegando a 7,8%, uma redução de meio ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Isso marca o nível mais baixo de desocupação desde fevereiro de 2015.
O mercado de trabalho está se beneficiando do aquecimento econômico que superou as expectativas, diante de um contexto de inflação em declínio. Além disso, o aumento nos benefícios sociais contribuiu para reduzir a busca por vagas de emprego, criando uma competição mais acirrada por profissionais qualificados.
O economista André Perfeito, ouvido por Míriam Leitão, do jornal O Globo, observa que o desempenho positivo em agosto sinaliza a possibilidade de uma expansão ainda maior do PIB em 2023 do que o inicialmente previsto. Atualmente, ele estima um crescimento de 3% na atividade econômica, mas está aberto a revisar essa projeção para cima se outros indicadores continuarem a apontar para uma economia robusta. "Chama a atenção o comportamento da massa salarial real habitual, que continua subindo e mais uma vez bate recorde. Isso indica mais uma vez que o PIB deste ano deve avançar de maneira mais significativa".