Lula volta ao palco central das Nações Unidas depois de uma trajetória épica. Entre 2003 e 2010, Lula abriu sete vezes a assembleia e só não esteve presente no último ano, quando se envolveu na campanha presidencial vitoriosa de Dilma Rousseff. Depois disso, Lula foi alvo de uma armação judicial, a Lava Jato, que provocou o golpe de estado contra Dilma e sua prisão política, que durou mais de 580 dias.
De volta ao poder, Lula reinseriu o Brasil no mundo, com várias viagens internacionais, depois dos governos catastróficos do golpista Michel Temer e do extremista de direita Jair Bolsonaro, que transformaram o Brasil em pária internacional. Em Nova York, ao contrário dos seus dois antecessores, Lula recebeu pedidos para encontros com 50 chefes de estado. Amanhã, ele terá uma agenda bilateral com o presidente estadunidense Joe Biden, onde ambos pretendem lançar uma agenda pelo trabalho decente.
No discurso de hoje, Lula deve enfatizar que as Nações Unidas ainda refletem a ordem do pós-guerra – e não a ordem multilateral e multipolar dos dias atuais. Uma das reivindicações do Brasil é a reforma do Conselho de Segurança da ONU. O discurso será transmitido às 10h, pela TV 247, com comentários dos jornalistas Mario Vitor Santos, Helena Chagas e Leonardo Attuch.
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