O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou acesso ao depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle. O casal pediu permissão para tomar conhecimento da oitiva do ex-ajudante de ordens à Polícia Federal no inquérito que apura suposto esquema de venda ilegal de joias no exterior. A informação é do Blog da Julia Duailibi no g1.
O pedido de acesso foi negado por conta do acordo de delação celebrado entre Cid e a Polícia Federal, que já foi homologado pelo ministro. Moraes liberou à defesa de Bolsonaro e de Michelle os depoimentos prestados pelo general Mauro César Lourena Cid, por Osmar Crivelatti e por Frederick Wassef. Fábio Wajngarten e Marcelo Câmara ficaram em silêncio na ocasião.
O ex-presidente e a ex-primeira-dama fizeram o pedido ao magistrado um dia depois das oitivas. Eles queriam acesso integral ao que foi dito pelo grupo à PF, alegando que os depoimentos “constituem elementos já efetivamente documentados”.
Oito pessoas foram intimadas pela PF para prestar depoimento: Bolsonaro, Michelle, Wajngarten, Mauro Cid, Mauro César Lourena Cid, Frederick Wassef, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati. As defesas dos três primeiros informaram previamente que eles ficariam em silêncio.
A decisão de se calar segue tese da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou pela incompetência da Corte para julgar o caso, já que Bolsonaro não é mais presidente e não possui foro por prerrogativa de função após deixar o posto.