Na semana do feriado nacional de 7 de setembro - dia da Independência do Brasil - o governo Lula (PT) organiza uma projeção no Congresso Nacional com as cores nacionais e os dizeres: "7 de setembro, soberania, união e reconstrução. Construir um mundo justo e um planeta sustentável. Promover a paz entre as nações. Proteger a Amazônia é proteger o planeta. Brasil no rumo certo: inclusão, desenvolvimento e sustentabilidade. Fortalecer o SUS e cuidar da nossa gente. Proteger os povos originários é proteger as raízes do Brasil. Promover educação de qualidade e inclusiva. Energia sustentável: desenvolver o presente, proteger o futuro. Garantir a segurança em nossas fronteiras. Assegurar a vacinação em todo o país. Defender e desenvolver o país".
No primeiro 7 de setembro de seu terceiro mandato, o presidente Lula pretende contrapor o tom político e ideológico adotado nos últimos quatro anos por Jair Bolsonaro (PL). A proposta do atual governo é dissociar a data do antecessor e retomar o caráter cívico nacional do desfile do Dia da Independência, segundo o Metrópoles. Especialmente nos últimos dois anos, Bolsonaro apropriou-se da data com retóricas antidemocráticas ao criticar a atuação dos outros poderes, em especial o Judiciário. Em 2022, ele também aproveitou a ocasião para propagar ideias de campanha e lançar dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação.
A celebração do Dia da Independência neste ano, a primeira após o governo Bolsonaro, acontece sob a sombra das invasões ocorridas em 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes e em meio a investigações em curso sobre possíveis infrações ou omissões por parte de militares.