O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, neste sábado (26), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai “acelerar as negociações” para definir as alterações ministeriais prometidas assim que voltar de viagem.
Lula está fora do Brasil desde domingo à noite, quando viajou para cumprir agendas no continente africano, como a reunião de cúpula do Brics e uma visita à Angola.
“Certamente o presidente Lula vai conduzir, no seu retorno, uma decisão que ele já tomou de acolher o pedido de duas bancadas para compor o Ministério. Isso é uma ação para reforçar nosso time para o segundo semestre. Certamente no retorno da viagem devemos acelerar essas negociações”, afirmou Padilha, em São Paulo, durante evento na União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (Unas).
Os novos nomes que devem compor a Esplanada dos Ministérios são os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Padilha já havia afirmado no início de agosto, durante a Cúpula da Amazônia, que Lula tinha tomado a decisão de trazer os dois parlamentares para o governo, e que eles “representam duas bancadas importantes do Congresso Nacional”.
O ministro não disse quais pastas seriam ocupadas pelos deputados.
A entrada do Progressistas e do Republicanos, partidos do chamado Centrão, no governo, a partir dos novos ministros, pode representar maior possibilidade de aprovar projetos e reformas no Legislativo.
O impasse está na definição de quais ministérios serão ocupados e para onde vão os atuais ocupantes, o que faz crescer o clima de cobrança entre parlamentares do Centrão, em especial os do Republicanos e Progressistas.
Até agora, a expectativa é que o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), ganhe um ministério e a Caixa Econômica Federal. Já o Republicanos deve ficar com o Ministério do Esporte ou de Portos e Aeroportos.