Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nutrem a expectativa de que a quebra dos sigilos bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada na semana passada, mostre um caixa dois das doações que ele recebeu via Pix. As transferências somam um total de R$ 17 milhões.
A grande quantia de dinheiro, transferida em um curto espaço de tempo, levantou a suspeita de que “laranjas” estejam entre os doadores. Assim, essas pessoas estariam apenas oficializando, por meio de depósitos, um recurso de caixa dois.
Essa suspeita aumentou com a informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, com a intenção de entregar a Bolsonaro após a venda das joias no exterior.
Para Fabio Wajngarten, advogado do ex-mandatário, a possibilidade de que apareça algum depósito de origem duvidosa na conta de seu cliente é “zero, zero”: “São depósitos de R$ 2, R$ 20, R$ 200. Raros são os que têm valor maior”.
A Folha de S.Paulo revelou que a quantia recebida por Jair Bolsonaro foi de R$ 17,2 milhões, com informações de um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Esse valor foi depositado a ele nos seis primeiros meses de 2023.
Ainda de acordo com o órgão do governo federal, essas movimentações atípicas podem estar atreladas à vaquinha que apoiadores fizeram para ajudar o ex-presidente a pagar multas com a Justiça.