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Hacker faz nova revelação à PF que pode complicar ainda mais a vida de Bolsonaro

Após prestar depoimento à CPMI dos Atos Golpistas, Walter Delgatti, o hacker de Araraquara, teve de passar por nova oitiva na Polícia Federal

Publicada em 21/08/23 às 11:35h - 15 visualizações

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Hacker faz nova revelação à PF que pode complicar ainda mais a vida de Bolsonaro
 (Foto: Reprodução)

O depoimento de Walter Delgatti, o "hacker de Araraquara", à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, na última quinta-feira (17), caiu como uma bomba no Congresso Nacional e nas mãos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao longo de seu depoimento, Walter Delgatti revelou que agiu sob o comando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do ex-presidente Bolsonaro, os quais, segundo o hacker, pretendiam invadir o sistema das urnas eletrônicas e usar isso na campanha eleitoral.

Além disso, Walter Delgatti também afirmou que participou de algumas reuniões no Ministério da Defesa com o alto escalão do comando militar durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022). Essa revelação fez com que Delgatti fosse novamente convocado pela Polícia Federal (PF) para prestar um novo depoimento, visto que ele revelou à CPMI informações que não havia mencionado à PF em seu depoimento anterior.

No novo depoimento à PF, Walter Delgatti fez uma nova revelação que pode comprometer ainda mais a vida de Bolsonaro e seus aliados nas Forças Armadas. O hacker afirmou que entrava no Ministério da Defesa para discutir sobre as urnas eletrônicas pelas portas dos fundos.

Ao G1, o advogado de Walter Delgatti, Ariovaldo Moreira, disse que o hacker utilizava essa abordagem para que a presença de Delgatti não fosse registrada nos sistemas da portaria principal.

Na CPMI, Delgatti afirmou que participou das reuniões no Ministério da Defesa a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Delgatti, ao todo foram realizadas cinco reuniões no Ministério da Defesa.

"A ideia inicial era que eu inspecionasse o código-fonte, mas eles explicaram que o código-fonte ficava somente no TSE e apenas servidores do Ministério da Defesa teriam acesso a esse código. Então, eles iam até o TSE e me repassavam o que viam, porque não tinham acesso à internet, não podiam levar uma parte do código; eles acabavam decorando um pedaço do código e me repassavam", relatou Delgatti.

O hacker também afirmou que o relatório produzido pelas Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas em 2022 reproduz o que ele falou aos militares. "Tudo isso que repassei a eles consta no relatório entregue ao TSE. Posso afirmar hoje que, de forma integral, aquele relatório contém exatamente o que eu disse, sem acrescentar ou omitir nada".



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